Porque escrever é uma necessidade... para minha mãe, meu pai, minhas filhas Eduarda e Carolina, meu filho Fabinho e meu marido Fabio. Meu coração é de vocês.
quarta-feira, 17 de junho de 2015
Quem é você ?
Ninguém nasce com o sonho de ficar rico, de ter uma carro do ano, de ter uma casa de 3 andares... ninguém nasce com o sonho de uma profissão de prestígio, com um guarda roupa cheio de etiquetas famosas... Nascemos livres, nascemos prontos para o despertar, nascemos mais próximos de Deus e ao longo dos anos vamos caminhando para longe Dele. Em que parte da estrada você deixou para trás a sua criança divina e sagrada, a criança que levava nas mãos a luz do seu coração, a criança que sabia exatamente para onde queria ir? Onde você deixou seus sonhos, seus desejos de felicidade e amor, as coisas simples que sonhava ter, que sonhava alcançar... aquela vontade contagiante de fazer a diferença, aquele amor puro por tudo e por todos ao seu redor? Nós nascemos para ser quem realmente somos mas vamos aos poucos nos tornando o que querem, o que desejam, o que escrevem para nossas vidas... regras, metas, poder, obrigações... Decida agora abandonar tudo em sua vida que não for seu, que não pertencer a sua essência, que não fizer parte de sua felicidade. Você pode ter coisas mas as coisas não podem ter você! Agarre-se a aquele sonho perdido, aquele desejo infantil, aquela imagem que você abandonou em alguma parte da estrada. Olhe para o espelho e veja sua face de criança, seus olhos de esperança e amor infinito, o que você buscava? O que você sonhava para sua vida? Somos livres para vivermos o que quisermos viver, sem cobranças e julgamentos, sem regras e metas, não é preciso ter medo, não é preciso sofrer, não é preciso se acomodar no canto da paisagem... O céu está aí todos os dias para você voar, as estradas levam para infinitos caminhos diferentes, as possibilidades são tantas! Liberte-se! Abra suas asas, abra seus olhos, você é luz, é energia, é livre!!! A felicidade está dentro, quando você descobrir seu amor por você mesmo, por sua história, por suas raízes, o amor pelas marcas que carrega, pelos erros que já cometeu, o amor abundante por tudo que é você, que faz parte de você e que existe em você, quando você encontrar esse amor a felicidade estará lá te esperando. Não se culpe, não se preocupe, sem expectativas, sem metas, sem nenhuma obrigação com você mesmo, apenas ser quem você realmente é, verdadeiramente, com gentileza e sinceridade... Será que somos? Olhe ao seu redor agora, olhe para sua vida, será que somos? Quem é você? Não sua profissão, nem a rua onde mora, nem sua posição na família, nem a quantidade de dinheiro ou bens ou diplomas... tirando tudo que não é seu, tirando tudo que não poderá levar da Terra... Quem é você? Quem sou eu?
terça-feira, 16 de junho de 2015
Obrigada! Eu te amo! Me perdoa!
Obrigada! Eu te amo! Me perdoa!
Quantas vezes em nossas vidas deixamos de dizer o que sentimos, o que queremos, o que nosso coração pede. Por vaidade, por orgulho, por medo... E o tempo passa, e as coisas mudam e as pessoas vão partindo e ficamos com um amontoado de palavras presas na garganta! Mas eu digo que não, que não precisamos guardar o que nunca foi dito, não precisamos esquecer, não precisamos lembrar... podemos simplesmente falar, dizer com o coração, em uma oração, em uma carta, em um pensamento... sempre é tempo de amar porque somos eternos, permanecemos unidos ainda que não mais nesse plano...
Mas se você hoje não tem ninguém no céu, se você hoje está perto de quem ama... se seus pais, seus filhos, seus irmãos estão perto... aqui na terra... não perca a chance, não deixe o tempo passar, não sufoque as palavras. Não há nada maior que o amor, nada mais sagrado que a família, nenhuma discussão, nenhuma ofensa, nenhuma mágoa, nada pode ser maior que o amor.
Vá agora, não perca tempo, fale, escreva, presenteie... um abraço, um beijo, um carinho...
Obrigada! Eu te amo! Me perdoa!
terça-feira, 10 de fevereiro de 2015
Feliz Aniversário
E eu fico imaginando... 37 anos no passado, meu pai esperando e minha mãe dando a luz. Um hospital simples, um casal jovem e a primeira filha chegando ao mundo... a única. Fico tentando ver como ela deve ter me olhado, como meu pai deve ter contado para os amigos, como a família deve ter comemorado minha chegada. Os medos, dúvidas, ansiedades, alegria, euforia... tudo que se sente quando nos tornamos mães e pais e adultos...
E depois a catapora que foi dura, a timidez difícil de largar, o primeiro dia de aula, a emoção nas festinhas de dia dos pais e das mães. Eles me olhando crescer, percebendo o tempo passar, me conhecendo, aguentando a adolescência e todas as crises próprias da idade. O primeiro porre, o primeiro cigarro, o primeiro namorado, as amigas, passeios, baladas, madrugadas na rua, trancar faculdade, trabalhar fora...
O tempo passa perceptivelmente quando temos filhos, vemos os anos passarem a cada roupinha que não serve mais, a cada vez que tentamos pegar no colo e não conseguimos... Quando escolhemos uma roupa e eles já não querem usar... Fico imaginando se minha mãe observava essas coisas, se sentia assim como eu sinto o aperto no coração de ver meus pequenos cada vais mais independentes de mim. Uma mistura de felicidade e saudade antecipada...
Fui filha, fui bebezinha, menina, moça, mulher... agora sou mãe e parece que é só o que posso ser... 37 anos se passaram, tantas coisas, tantas vidas... Perdi vocês, fui até o inferno e voltei, passei pela loucura, a insanidade total da mais negra solidão... e voltei. Vivi intensamente...
Sim, disso eu posso me orgulhar, vivi intensamente cada pequena fase de minha vida, mergulhei e me perdi em cada uma delas, sem medo, sem nem perceber.
Bons amigos, quanta saudade, tempo bom e divertido, de problemas simples que pareciam tão grandes... Aprendi a beber, fumar... mas também aprendi a amar, respeitar... aprendi a viver, ser livre. Fazíamos o que queríamos e na hora que queríamos e era tão maluco e tão bom! O primeiro beijo na boca, a primeira madrugada em claro, ouvir música o dia todo, comer feijão gelado!
Me apaixonei, sofri, amei... tudo intensamente. Me tornei esposa, mãe... e a intensidade se transformou, nada mais podia ser na hora que queria, nada mais precisava ser da maneira que eu desejava... o mundo era agora um mar de felicidade calma e tranquila. Ser mãe foi minha maior aventura, minha grande descoberta, a melhor parte da minha vida. Transformadora, avassaladora, derrubando certezas, mudando tudo dentro de mim... Mágico, lindo, perfeito! De longe, o meu melhor momento!
37 anos. Perdi pessoas queridas, insubstituíveis, ganhei 3 anjos amados e aprendi que nessa vida não mandamos em nada, não temos controle de nada. As coisas chegam e partem, as pessoas entram e saem, os anos passam, o tempo voa, tudo muda... e nós só podemos seguir com nosso barquinho...
Hoje choro por não ter você me ligando pra desejar um feliz aniversário, sinto saudade do pai, da mãe, da melhor amiga que se foi tão cedo... todos vocês... cedo demais... Mas choro também de felicidade, de alegria pura e verdadeira, de gratidão por receber logo pela manhã os abraços mais importantes de minha vida... família, meu tudo, minha salvação, meu refúgio, minha paz em meio a tempestade dos dias...
37 anos se foram, não voltarão nunca mais, Nasci em 1978 e quando olho pra esse número nem consigo imaginar como era o mundo naquele ano... mas eu já estava lá... Era um bebezinho no colo de minha mãe, tirando as noites de sono do meu pai... descobrindo a vida... E continuo até hoje... descobrindo a vida...
São 37 anos e muita vida, muito amor, muitas lembranças, muitas saudades... e sou grata por tudo, por cada lágrima e cada sorriso.
Faço 37 anos hoje, um dia como outro qualquer,
Meu dia, meu aniversário...
Agradeço a Deus pela vida vivida e pela vida que ainda vou viver... gratidão e saudade... essas hoje são minhas palavras. Sem lágrimas de tristeza, com um grande sorriso... Aqui estou eu, olhando a vida, vivendo, sendo o que posso ser da melhor maneira que posso ser... E agradeço a Deus por isso!
Parabéns menina, parabéns filha, parabéns meu amor, parabéns mamãe...
Recebo com carinho o abraço dos que se foram e dos que chegaram a pouco...
Feliz aniversário pra mim!!!
E depois a catapora que foi dura, a timidez difícil de largar, o primeiro dia de aula, a emoção nas festinhas de dia dos pais e das mães. Eles me olhando crescer, percebendo o tempo passar, me conhecendo, aguentando a adolescência e todas as crises próprias da idade. O primeiro porre, o primeiro cigarro, o primeiro namorado, as amigas, passeios, baladas, madrugadas na rua, trancar faculdade, trabalhar fora...
O tempo passa perceptivelmente quando temos filhos, vemos os anos passarem a cada roupinha que não serve mais, a cada vez que tentamos pegar no colo e não conseguimos... Quando escolhemos uma roupa e eles já não querem usar... Fico imaginando se minha mãe observava essas coisas, se sentia assim como eu sinto o aperto no coração de ver meus pequenos cada vais mais independentes de mim. Uma mistura de felicidade e saudade antecipada...
Fui filha, fui bebezinha, menina, moça, mulher... agora sou mãe e parece que é só o que posso ser... 37 anos se passaram, tantas coisas, tantas vidas... Perdi vocês, fui até o inferno e voltei, passei pela loucura, a insanidade total da mais negra solidão... e voltei. Vivi intensamente...
Sim, disso eu posso me orgulhar, vivi intensamente cada pequena fase de minha vida, mergulhei e me perdi em cada uma delas, sem medo, sem nem perceber.
Bons amigos, quanta saudade, tempo bom e divertido, de problemas simples que pareciam tão grandes... Aprendi a beber, fumar... mas também aprendi a amar, respeitar... aprendi a viver, ser livre. Fazíamos o que queríamos e na hora que queríamos e era tão maluco e tão bom! O primeiro beijo na boca, a primeira madrugada em claro, ouvir música o dia todo, comer feijão gelado!
Me apaixonei, sofri, amei... tudo intensamente. Me tornei esposa, mãe... e a intensidade se transformou, nada mais podia ser na hora que queria, nada mais precisava ser da maneira que eu desejava... o mundo era agora um mar de felicidade calma e tranquila. Ser mãe foi minha maior aventura, minha grande descoberta, a melhor parte da minha vida. Transformadora, avassaladora, derrubando certezas, mudando tudo dentro de mim... Mágico, lindo, perfeito! De longe, o meu melhor momento!
37 anos. Perdi pessoas queridas, insubstituíveis, ganhei 3 anjos amados e aprendi que nessa vida não mandamos em nada, não temos controle de nada. As coisas chegam e partem, as pessoas entram e saem, os anos passam, o tempo voa, tudo muda... e nós só podemos seguir com nosso barquinho...
Hoje choro por não ter você me ligando pra desejar um feliz aniversário, sinto saudade do pai, da mãe, da melhor amiga que se foi tão cedo... todos vocês... cedo demais... Mas choro também de felicidade, de alegria pura e verdadeira, de gratidão por receber logo pela manhã os abraços mais importantes de minha vida... família, meu tudo, minha salvação, meu refúgio, minha paz em meio a tempestade dos dias...
37 anos se foram, não voltarão nunca mais, Nasci em 1978 e quando olho pra esse número nem consigo imaginar como era o mundo naquele ano... mas eu já estava lá... Era um bebezinho no colo de minha mãe, tirando as noites de sono do meu pai... descobrindo a vida... E continuo até hoje... descobrindo a vida...
São 37 anos e muita vida, muito amor, muitas lembranças, muitas saudades... e sou grata por tudo, por cada lágrima e cada sorriso.
Faço 37 anos hoje, um dia como outro qualquer,
Meu dia, meu aniversário...
Agradeço a Deus pela vida vivida e pela vida que ainda vou viver... gratidão e saudade... essas hoje são minhas palavras. Sem lágrimas de tristeza, com um grande sorriso... Aqui estou eu, olhando a vida, vivendo, sendo o que posso ser da melhor maneira que posso ser... E agradeço a Deus por isso!
Parabéns menina, parabéns filha, parabéns meu amor, parabéns mamãe...
Recebo com carinho o abraço dos que se foram e dos que chegaram a pouco...
Feliz aniversário pra mim!!!
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
Ei mãe!!!
Quando dezembro chegava era festa... ela arrumava sempre uma coisinha de Natal para trazer para as meninas, fazia questão de dar uma roupinha nova, uma coisinha qualquer para alegrar elas... Quando chegava o dia, se ela via que tinha alguém sem presente saia na hora pra comprar, muitos meus, do Fabio, da minha vó... Pegava o carro e do nada resolvia que estavam faltando enfeites para a árvore... e lá iam elas com um sorriso enorme que nem malucas na lojinha de tranqueiras de Nata! Eu curtia, ria com elas mas nunca consegui perceber a importância disso enquanto ela estava aqui... as vezes até ficava brava com tantas comprar, tantos mimos... Mas hoje, aqui em casa eu olhei para dezembro chegando e me deu tanta saudade dela... Nunca sabemos quando é o último abraço, o último beijo, a última briga boba, o último Natal, o último Ano Novo... Essa foto mostra bem como éramos... Ela me ajudava a me arrumar... lembro que esse vestido que o Fabio tinha me dado estava muito justo e quando falei pra ela, rapidinho ela desceu no quarto arrumou uma blusinha e me deu pra colocar por cima...rsrsrs ... "Para de ser boba, vc tá linda Pá" ... Foi nosso último Natal e Ano Novo juntas... que saudade de você mãe...
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
Oi pai...
Ontem fez 1 ano e 1 mês que vc partiu pai, muito tempo né, tempo demais para nós que te amamos tanto. A saudade não da descanso, é uma constante em minha vida, saudade de você, da mãe... de tempos felizes que passamos juntos... nós três, nós dois, nós duas... uma vida dividida em 3 e multiplicada por 3... Sempre tive essa certeza, essa sensação de proteção que vocês me davam, de que mesmo separados éramos unidos, estávamos juntos... Era tão bom...
Suas lembranças são em mim uma luz, uma brisa suave, seu olhar ainda me acompanha nos momentos difíceis e é em seus braços que eu ainda me refugio quando tudo parece estar ao contrário... Lembro de meus erros, minhas mancadas e você tão doce apenas me olhando e dizendo "eu sei fia"... como que me mostrando que nada importava, que aquele amor era sempre maior e capaz de superar qualquer distância, qualquer ausência... E realmente era, ainda é!
Você partiu, foi para o céu... deve ter encontrado com a mãe por aí, deve ter se preocupado comigo, mas com certeza está em paz, como sempre viveu, como sempre me ensinou a viver... E eu fiquei sozinha por aqui, éramos 3, agora sou só eu de tudo que vivemos, tantas lembranças que agora só vivem em mim... Sou grata por tudo e tenho procurado ser resignada em minha saudade, mas não minto e não nego que tem sido difícil... O que me conforta é só isso, a certeza de que você tá aí, num lugar melhor, mais parecido com você do que esse mundinho mesquinho e pequeno em que vivemos.
Eu imagino você aí em cima, calmo e sereno, tentando convencer a mãe a ficar quieta, tentando convencer ela de que vou me virar por aqui... Duas maneiras tão diferentes de me amar... mas que era suficientes para me preencher completamente... que falta sinto desse amor!
Todos se foram pai, ninguém permaneceu a ausência de vocês, um a um as pessoas foram indo pra longe, seguindo suas vidas... vocês eram o elo que me ligavam ao resto da família... Mas hoje já não me entristeço por isso, acho mesmo que faz parte de nossa história... Éramos só nós 3, sempre fomos e sempre seremos, ninguém nunca seria capaz de entender isso... Fiquei eu por aqui e não tenho a pretensão de fazer com que entendam e acreditem nessa união tão nossa... Melhor assim...
Ainda hoje quando escrevo, não posso conter as lágrimas, ainda hoje quando lembro de tudo que passamos nos últimos meses não consigo aceitar a despedida tão breve... Eu precisava de mais tempo pai, tinha planos para nós dois e precisava tanto ter tido mais tempo... O Fabinho era meu presente, eu desejei ele desde o primeiro instante com o intuito de ter ele perto de você, dividir com você os primeiros dias, os primeiros momentos... Ainda não aceito sua partida sem ter conhecido nosso menino...
Tô com a pastinha verde aqui... nossa pastinha verde... Tão viva nossas lembranças aqui nesses papéis, tão vivo nosso amor e nossa união... Como sou grata por essas lembranças. Obrigada pai!
Sei que daí, agora, tudo ficou claro... quantas indagações minhas já não são de vocês... Recebi seu recado... como precisava daquela resposta! Nunca duvidei que poderia ser diferente, nunca duvidei pai!
Um dia nos encontraremos novamente, seremos nós 3 mais uma vez... Mas enquanto esse dia não chega ficamos juntos aqui, no meu coração, nas minhas lembranças, nesse amor tão puro que sempre nos uniu e ainda nos une!
Obrigada por tudo meu pai, meu querido e amado pai!
Manda um beijo pra mãe... ela também sabe do meu coração e das minhas verdades!
Obrigada por confiarem em mim, por me amarem e me iluminarem com esse amor todos os dias da minha vida!
Saudade sem fim!
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
Saudade que não passa...
Aprender a viver sem você tem sido uma lição difícil e mais demorada do que imaginava. Já são quase 2 anos, 1 ano e 10 meses hoje e ainda sinto sua falta todos os dias. Aprendi a guardar pra mim quase tudo do meu dia a dia, ninguém mais entenderia aquelas ligações urgentes apenas para contar que nasceu o dentinho ou contar de uma frase engraçada das meninas...rs... Aprendi a chorar sozinha e em silêncio, a viver momentos felizes sem dividir com ninguém, aos finais de semana sem nossas conversas, nossas brigas, nossos passeios, nossas risadas e resmungos. As horas passam, os dias, as semanas e eu continuo sem entender, tudo ficou muito esquisito sem você. Nas festas, nos passeios, nas conversas por aí eu me sinto um peixe fora da água... era com você sempre que eu me sentava... minha companheira e amiga... E mesmo quando ficava muito brava comigo ainda assim vinha pra perto, puxava um assunto, arrumava uma maneira de ficar do meu lado... Você me admirava mãe, conhecia meus piores defeitos a ainda assim via o meu melhor sempre, acho que poucas pessoas entendem a falta que isso faz... Seu orgulho com minhas conquistas, sua alegria com minhas pequenas felicidades, sua atenção para cada palavra minha... O tempo está passando rápido mas a saudade continua e não parece melhorar, apenas aprendi a sentir em silêncio, mas essa ausência continua apertada aqui dentro e me sinto tão só sem você... Eu não sei porque mas sempre lembro da última vez que vc deu um jeito no meu cabelo, comprou um kit super moderno de alisamento sem formol e passou horas em pé na cozinha da chácara passando pra mim... lembro de vc no banheiro segurando o espelho pra eu ver atrás... "ficou bonito né Pa"... Ah mãe, era pra vc ficar velhinha lembra... a gente tinha um monte de coisa pra fazer juntas ainda... Tenho tentado tanto, ninguém imagina meu esforço para seguir com alegria, sem revolta, sem perder minha fé... mas é tão difícil sem você mãe... fiquei sozinha aqui nesse mundo louco e nem sempre sei o que fazer... Sinto saudade de você viu, sinto saudade de tudo. As meninas estão lindas, tanta coisa que queria dividir com vc sobre elas mãe, todo dia tem uma novidade, algo engraçado e surpreendente que elas fazem e que só vc iria se encantar junto comigo... e o Fabinho... ele está lindo e esperto, já tem dois dentinhos, come que nem um desesperado, sempre sorri pra mim... se você estivesse aqui conheceria ele tão bem quanto eu e iria dividir comigo tantas coisinhas dele que ninguém nem fica sabendo... Somos só nós aqui agora mãe... o mundo ficou pequenininho, quase nem saímos de casa... na chácara é tudo tão silencioso, nunca mais fomos passear nas lojinhas, nunca mais a praça do coreto... nunca mais um monte de coisa depois que vc partiu... festa nos colchões, passeios pela rua, horas no telefone... nunca mais... Eu espero que seja mais fácil por aí do que por aqui, espero que a saudade machuque menos por aí... Rezo para que tenha encontrado respostam que deixem tudo isso mais fácil de ser aceitado e compreendido... Receba meu abraço mãe, meu amor, minha gratidão... eu sei que vc sabe do meu coração, sei que sempre entendeu melhor do que ninguém o que tenho dentro de mim... E é nesse pedaço de mim tão seu que eu continuo vivendo... Saudade enorme mãe... confesso que ainda choro as vezes, que ainda me escondo um pouco da vida e das pessoas... mas sei que vc me entende me perdoa como sempre fez em sua vida. Minha amiga querida, minha irmã, minha companheira de tantos momentos... fica bem por aí que eu vou seguindo por aqui. Amor eterno pra vc!
quinta-feira, 9 de outubro de 2014
Quem roubou nossa coragem...
Nascemos repletos de esperança, cheios de sonhos e dispostos a mudar o mundo, a fazer a diferença... nascemos e permanecemos assim por algum tempo, onde tudo parece possível, onde todos são amigos, onde o mundo parece um lugar perfeito... não há limites para os anseios de um coração jovem, não há nada que possa mudar aquele desejo intenso de ser tudo aquilo que queremos ser... E daí vem a vida, o tempo sempre implacável, as tristezas, as grandes desilusões, a realidade dura que bate na porta... vai chegando vagarosamente todo o medo, insegurança, aquela sensação de mãos atadas, de nó na garganta... E nós vamos silenciando o coração, aquietando a mente, escondendo os sonhos em baixo do tapete, desistindo, renunciando, abrindo mão... Fica aquela lembrança boa de tempos de coragem, do peso que era leve, da liberdade, da inocência de acreditar que tudo era possível, de que podíamos tudo que desejássemos... O coração endurece um pouco, já não se chora com qualquer poema, aquelas músicas que eram hinos não tocam mais, aquele escritor querido e admirado agora parece apenas mais um sonhador... O coração fica cansado, fica com medo, fica pequeno dentro do peito e vamos percebendo aos poucos que já não há tempo para tantas coisas... As pessoas foram se perdendo no caminho, os inseparáveis se separaram... alguns para sempre... outros dão notícias de longe como se fossem outras pessoas que nem ao menos nos conhecem mais... E nós continuamos com o sorriso no rosto, o brilho nos olhos, cantando velhas canções, recitando frases de filmes e vivendo no pedacinho de vida que conseguimos manter viva dentro de nós... aquele pedacinho pequeno onde tudo ainda é possível, onde ainda somos revolucionários, onde ainda pintamos o rosto, onde ainda fazíamos tudo por amor... naquele pedacinho de vida onde o mundo nos pertencia, naquele pequeno pedaço de vida onde realmente vivíamos nossos sonhos... Continuamos vivos naquela viagem com os amigos, naquela aula da facu, naquele por do sol, naquele primeiro beijo, naquele olhar, naquela declaração de amor, naquele que era para ser pra sempre, no cabelo molhado, na roupa colorida, naquela lua... E todos meus cds do Legião se perderam, nem acho as músicas do Ira pra baixar na net... fica só minha própria vós teimosa cantarolando solitária... "Até bem pouco tempo atrás,Poderíamos mudar o mundo,Quem roubou nossa coragem?Tudo é dor,E toda dor vem do desejo,De não sentirmos dor..." Sinto saudade de mim, saudade de uma doçura que existia, de uma certeza profunda de que tudo daria certo sempre... sinto saudade da sala da minha amiga, das conversas e risadas sem fim, de ouvir Alanis, Kid Abelha, Legião Urbana o dia todo... sinto saudade de minha coragem de largar tudo por amor, sinto saudade daquela sensação desconhecida no estômago, de fazer loucuras, de sumir no mundo... Sinto saudade das broncas da minha mãe quando eu chegava de madrugada, dos domingos no apartamento só nós duas comendo doce, falando bobagens, do meu pai chegando com uma cerveja e em LP novo... Eu olho em volta agora e sou profundamente grata pelo que tenho, minha família, meu lar, minhas filhas, meu filho indefeso e tão dependente de mim... Mas mesmo em minha gratidão mora um pedacinho de saudade, mesmo nessa vida tão preciosa pra mim permanece um tantinho de tristeza por tudo que perdi de mim mesma no decorrer do caminho... Hoje acordei assim, meio sei lá, um pouco cansada talvez, um gostinho amargo na boca, um peso nas costas... Talvez seja só essa sensação de estar sozinha tão permanente ultimamente, talvez esteja engolindo palavras demais, talvez esteja apenas fingindo... Não sei o que queria escrever hoje... nem sei mais quem sou... hoje queria sentar sozinha na areia, olhar o mar por um longo tempo, sentir o vento no rosto... Hoje queria um abraço, um ombro, alguém que me dissesse que tudo vai dar certo... um elogio sincero, um beijo apaixonado, andar de mãos dadas, hoje queria um monte de coisas e ao mesmo tempo nada... Encontrar meu lugar no mundo, me mudar com um grupo de voluntários para um país distante, fugir com o circo, me formar em filosofia... desenhar um círculo místico no chão, abraçar uma árvore... dormir até duas da tarde... ser criança no colo da minha mãe...
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Somos quem podemos ser.
Noite terrível, dor forte de estômago, o que nunca acontece comigo. Fiquei acordada, sentada no sofá, encolhida e pensando... Lembrei do Chakra Gástrico e percebi o quanto o emocional pode atingir o corpo se assim permitirmos. Quando estamos com ele aberto passamos a agir sem esperar recompensa,naturalmente, sinceramente, mas quando sofremos uma injustiça ou quando passamos por alguma situação que nos leva a tristeza ou mágoa, automaticamente o fechamos. Isso é um reflexo de defesa, já que quando o fechamos passamos a ficar indiferente ao outro... porém o desequilíbrio do Chakra nos leva a um sentimento de vitimização, de timidez perante nossos próprios atos, de uma certa covardia diante dos olhares alheios e consequentemente a sensações físicas estritamente relacionadas ao aparelho digestivo. Lição recebida nem sempre é lição aprendida e pelo jeito essa eu estou longe de aprender. Como é difícil manter o equilíbrio das emoções, como é difícil conseguir não se importar com algo mas sem chegar ao ponto de ser indiferente a ele... Como é difícil entender e aceitar o que nos fere sem nos envenenar com a mágoa... Precisamos definitivamente aprender que a reciprocidade nem sempre existirá nos relacionamentos, precisamos aprender que nem sempre verão verdade nas suas verdades... Precisamos aprender a amar, a sentir o amor mesmo onde ele não se mostra, mesmo onde ele parece as vezes não existir... As vezes é essencial afirmar pra nós mesmos que não, que o erro não está em nós mesmos, que não existem razões particulares ou diretas... tirar o peso, abrir as amarras, se libertar das opiniões infundadas e preconceituosas, jogar para fora, abrir mão... Somos o que podemos ser... É sim muito ruim quando o nosso melhor parece não ser o suficiente, cansa, entristece... mas se mudarmos o foco de nós mesmos para o outro fica simples perceber que dói mais lá do que cá. Eu não sou mesmo como os outros gostariam que eu fosse, fujo um pouco da intimidade, mantenho por vezes uma barreira que meio me afasta, meu olhar me entrega quando o assunto não me agrada... mas naquilo que tenho de bom eu sou sim verdadeira e sincera, naquilo que faço existe sim atos verdadeiros e corajosos... Não exijo muito de ninguém, procuro ter atitudes amorosas, palavras suaves... mas entre o dar e o receber existe uma distância que permite qualquer outro sentimento ou emoção e nem sempre o que sai de mim chega até o outro com a mesma verdade, com o mesmo tom, com a mesma cor. Basta a cada um o dever de continuar sentindo, a obrigação de se manter no aprendizado, o desejo de buscar o bem. E pra mim, que passei a noite encolhida nas minhas dores e mágoas bastou a libertação, a afirmação sincera em alto e bom tom para que meus próprios ouvidos pudessem absorver e distribuir pelo meu corpo... "Eu acredito em mim, eu conheço minhas verdades e isso me basta" ...
terça-feira, 16 de setembro de 2014
Retrospectiva Duda 8 anos
Escolhi todas as fotografia com muito carinho, cada pequeno momento de alegria, cada sorriso, cada olhar... Todos que de alguma maneira trouxeram felicidade e amor para a vida de minha pequena Eduarda... Momentos que guardo em meu coração e que sei que a Duda também guardará para sempre, pessoas queridas que sempre se fizeram presentes, cada uma a sua maneira mas sempre com dedicação e amor. Algumas que eram pequenas e hoje são grandes, algumas que chegaram no meio do caminho mas que são tão importantes quanto os que estão desde o início... algumas muito queridas e inesquecíveis e que estão agora lá no céu... Vovós e vovôs, tias e tios, as crianças que cresceram e os bebês que já são crianças, o batalhão de priminhos e priminhas que sempre encheram nossos encontros de alegria... Todos os papais e mamães, amigos queridos... Gente que ainda está aqui pertinho e alguns que ficaram distantes, mas todos queridos e importantes em cada espaço de tempo vivido. Pessoas diferentes, de lugares e tempos diferentes, com histórias diferentes, que se entendem e se desentendem, concordam e discordam, mas que independente de qualquer coisa permanecem juntos, próximos e dedicados uns aos outros... Uma união incondicional, que se mantém e permanece forte mesmo em tempos difíceis, que perdoa, que se importa, que se preocupa, que se dedica. Um grupo grande de pessoas que fazem parte de minha vida e da vida de minha Eduarda, um grupo que chamo de família e que amo de todo coração. Obrigada a todos vocês por mais esse momento de alegria!
Assinar:
Postagens (Atom)