quarta-feira, 21 de maio de 2014

Saudade tem nome

felicidade #família #gratidão #amor #saudade
Hoje sua falta foi cortante, avassaladora, dolorida demais...
Minha amiga, companheira, minha irmã... minha mãezinha... quanta saudade!


terça-feira, 13 de maio de 2014

Filhos são anjos!

Depois deles tudo se transformou, nada mais importava pra mim a não ser a felicidade e bem estar de
cada um de meus pequenos anjos... Só depois deles percebi o quanto a vida era vazia e sem sentido! 

Nunca mais fui para a balada, nunca mais fiz um passeio sem pelo menos uma semana de planejamento, nunca mais me permiti cometer erros que pudessem fazer algum mau a eles, perdi alguns "amigos", deixei alguns planos, esqueci algumas metas, mudei meu olhar e meu sentir... mas olhando para esses olhinhos eu vejo que nada disso faz falta, que nada disso importa... tudo bobagem, tudo ilusão... 

A verdadeira vida, o verdadeiro amor e a verdadeira felicidade eu só encontrei no sorriso e no olhar
de cada um desses pequenos pedacinhos de céu!

Meus anjos, minha vida é de vocês!





quinta-feira, 8 de maio de 2014

Feliz dia das mães!

Muitas pessoas já me falaram para deixar de falar da minha mãe, para esquecer, para não ficar lembrando porque alimenta tristeza, mas eu digo que não... me faz bem falar dela, recordar, registrar em palavras minha gratidão e meu amor pela pessoa que mais me amou e me compreendeu na vida.

Minhas primeiras recordações felizes são ao lado dela, imagens que ficaram gravadas em meu coração e que ainda hoje me aquecem nos dias frios... Lembro dela me levando para a escola e da certeza de que ela estava acenando no grande portão quando eu subia o primeiro degrau, todas as vezes que olhava para trás ela estava lá sorrindo e me dando um tchau. Lembro de um dia de chuva que ela voltou pra casa para pegar sapatos sequinhos pra mim e foi me levar dentro da classe, ela foi e voltou na chuva para que eu não ficasse com os pés molhados durante a aula. Lembro de quando ela começou a vender Avon para ganhar um dinheirinho e que com o seu primeiro ganho me comprou um ursinho de pelúcia ( até hoje tenho esse )... Lembro da minha mãe ir estender roupa na laje da vizinha e de ficar mandando beijinhos pra mim lá de cima a cada 2 minutos. Lembro que ela comprou uma lousa e pendurava na parede da cozinha pra me ajudar na escola porque eu confundia o m com o n... Lembro dela escolhendo uma roupa bonita e penteando meu cabelo todo sábado de manhã, mesmo quando não íamos para lugar nenhum. Lembro dela me olhando brincar, me observando crescer, me ensinando, me amparando. Em todas as fotos e em todas as lembranças da minha infância ela está ao meu lado com aquele sorrisão que só ela tinha.

Na adolescência ela se fazia presente de uma maneira ainda mais incrível, conhecia todas minhas amigas e sempre virava amiga também... era normal sentarmos todos na sala e passarmos horas rindo e falando bobagem com minha mãe ao lado. Lembro da gente ouvindo música, contando história, arrumando o cabelo, escolhendo roupa para sair, indo comprar um monte de coisa boa pra comer quando não tinha nada pra fazer de domingo. Lembro das tardes que passávamos com minhas amigas, todo mundo de pijama jogado no sofá conversando e rindo de tudo. Minha primeira balada foi com ela, meu primeiro pagode, minha primeira madrugada no rock. Quantas vezes acordávamos de manhã e ficávamos jogadas no sofá rindo e conversando. Acho que todos que me conhecem lembram dessa época, do apartamento na moóca, das roupas jogadas na cama, da bagunça antes de sair e dos domingos de preguiça. Vestíamos a camisa do nosso grupo de pagode preferido, íamos de turma para todos os lugares... minhas amigas e as amigas de minha mãe se tornavam amigas e tudo se misturava... e era tão bom! 

Eu lembro do tempo passando, de como as coisas eram fáceis com ela por perto, de como eu me sentia segura e de como era bom ter pra quem correr quando o mundo machucava. 

Ela conheceu todos meus amigos e colegas, conheceu todas minhas paixonites e namoradinhos, conheceu todas as minhas histórias, minhas decepções e alegrias... Ela estava incrivelmente presente em tudo na minha vida... sempre por perto, sempre ao meu lado...

Quando resolvi me casar ela não deixou que fosse sem festa, eu dizia que não precisava, não tínhamos dinheiro pra isso, mas ela me conhecia e sabia o que ia no meu coração... E ela fez minha festa, realizou meu sonho, não deixou que aquele momento fosse diferente do que eu sonhava. Minha mãe foi comigo escolher nossa casa para alugar, ela me comprou todos os móveis e me ajudou a deixar tudo bonito e alegre, minha mãe estava ao meu lado quando experimentei meu vestido de noiva, ela passou comigo o dia do meu casamento, ela me deu a festa, quis que tudo fosse do melhor dentro do que ela podia me dar... e ela estava tão feliz quanto eu... E quando eu entrei vestida de noiva, com todos me olhando e o Fabio me esperando eu olhei para frente e lá estava ela... como sempre por perto, ao meu lado, me olhando com segurança e sorrindo com aquele mesmo sorrisão que todo mundo amava.

Ela ia em minha casa todo final de semana, levava o que faltava, deixava o que pudéssemos precisar, fazia questão de dar uma volta pela cidade, de me trazer um presente, de tornar minha vida mais leve e mais fácil... Quantas vezes ela era minha única amiga, quantas vezes era ela que ouvia o que eu não falava pra mais ninguém... E não importava o que fosse, não importa o que acontecesse, ela sempre estava lá pronta pra me ajudar... nunca em toda sua vida ela me deixou sozinha...

Quando me tornei mãe ela era a única que parecia compreender o amor que eu sentia, era a única que olhava para minhas filhas com o mesmo amor e preocupação que eu. Ela ia comigo em todos os exames, dividia comigo todos os momentos... estava ao meu lado no parto, nas lágrimas de emoção, a cada dúvida, a cada descoberta, a cada medo... Ela era tão mãe das minhas filhas quanto eu, fazia tudo por elas, cada roupa, cada presente, cada decisão que eu tomava, a cada primeira gripe, febre... a cada primeiro sorriso, primeiro som, primeiras palavras... tudo que acontecia eu ligava pra ela pra contar porque sabia que a alegria dela seria tão verdadeira e real quando a minha. 

Ela foi a vovó mais presente, mais companheira, mais dedicada e mais amada que já conheci. Era incrível o amor que tinha pelas minhas filhas, a dedicação, o entusiasmo, a preocupação... Ela era a única que se emocionava comigo com um primeiro chazinho, com um primeiro sorriso, com os primeiros passos ou com uma carinha mais bonita... Só minha mãe soube amar tanto quanto eu as minhas filhas, só ela entendia e compartilhava comigo todos os pequenos pensamentos de amor que eu dedicava para as meninas. E todas aquelas coisinhas bobas de criança que ninguém nem ligava faziam minha mãe chorar de emoção junto comigo... Só ela soube ver nas minhas filhas o amor que eu via, só ela soube amar as minhas pequenas tanto quanto eu amava... e esse amor nos uniu ainda mais. E apesar do meu ciúme, das brigas e discussões, apesar dos meus dias de nervoso, das minhas palavras ásperas... apesar de tudo e de todos ela sempre permaneceu ao meu lado. Nenhuma discussão durava mais de um dia, nenhum nervoso durava mais de algumas horas... Eu brigava com ela mas se algo acontecesse 10 minutos depois era pra ela que eu ligava e se fosse ruim a gente chorava juntas e se fosse bom a gente se alegrava junta...

Ela tinha uma maneira incrível de tornar tudo mais simples pra mim, de facilitar as coisas, de dar um jeitinho para que os problemas ficassem mais leves... Como ela era alegre e bonita... como soube lutar e vencer cada dificuldade da sua vida, como conseguia driblar as tristezas e transformar os dias frios... 

Ela me pagava a progressiva, me levava na manicure, trazia com ela uma sacola com os cremes mais caros para me deixar bonita, sempre sorria e me dava um saquinho com uma nova blusinha ou uma calça que ela tinha achado que ficaria linda em mim... E se o dinheiro estava curto ela trazia um brinquinho, um prendedor de cabelo, uma tortinha de morango... rs... sempre tinha um agrado pra mim.

Para as meninas então era praticamente o papai noel... nunca chegava em casa sem um saquinho de alegria... distribuía sorrisos, tirava das meninas olhos de puro amor e gratidão... Dava gosto de ver o amor que unia minhas filhas e minha mãe. E mesmo que eu achasse exagero ou que achasse que ela estava ficando maluca de tanto comprar presente, no fundo meu coração se alegrava de ver minhas pequenas tão felizes e radiantes. E de repente aquele sábado triste, sem nada de bom para fazer, cheio de problemas se transformava em festa e bagunça... e novamente a vida ficava mais fácil e mais leve...

Ela me apoiou quando decidi mudar para Arujá, foi a única que ficou do meu lado e entendeu minha luta para mudar de vida... e ela fez tudo que podia para que eu conseguisse passar por todo aquele período difícil. Escolhemos minha casa juntas, buscamos juntas por soluções para os problemas que eu estava passando... e novamente ela fez com que as coisas acontecessem, comprou móveis, orientou, amparou cada decisão minha em todos os momentos. E foi a única que se emocionou comigo com cada janela colocada no lugar, com cada piso, cada pequeno detalhe do que eu lutava tanto para que se transformasse em um verdadeiro lar. Só minha mãe entendia o que eu estava buscando, só ela compreendia a dimensão do que aquilo tudo significava pra mim... Acho que só ela desejava tanto quando eu que tudo desse certo, que tudo ficasse mais fácil e bonito e talvez por isso ela tenha investido tanto quanto eu no meu casamento e na minha busca pela felicidade em minha família... 

A gente se falava o dia inteiro, era difícil o dia que passava mais de 3 ou 4 horas sem que uma ligasse pra outra... e quando não era telefone a gente conversava pela internet, primeiro pelo orkut, depois msn, depois pelo face... Ela me chamava pra contar uma piada, pra falar de algo do trabalho, para chorar quando estava nervosa, pra rir junto comigo quando estava alegre... e eu fazia a mesma coisa o tempo todo... ligava, chamava, mandava foto, escrevia... tudo que acontecia em nossas vidas precisávamos dividir uma com a outra. "mãe você não vai acreditar nisso..." ou "Pa, dá pra falar agora?" ou "mãe caiu o dente da Duda" ou "Pa o que vai ser pro fim de semana" ... era qualquer coisa, não importava pra que mas sempre estávamos de bate papo por algum motivo... 

A gente brigava pra caramba, discutia por qualquer coisa... mas não me lembro de nenhuma briga que durasse mais de um dia, de nenhuma discussão que não fosse resolvida com uma ligação e um assunto qualquer que anulasse o anterior... Coisa de irmã, de mãe... de amiga de verdade... coisa que só nós duas sabíamos e entendíamos... como sinto falta disso... de alguém que simplesmente me olha e sabe o que estou sentindo... de alguém que me veja de verdade... que falta eu sinto da minha mãe e do seu amor...

Ela dizia que rezava por mim e pelas meninas e de como era fácil pedir por nós, de como sentia sua fé crescer quando a oração era por uma de nós... Ela dizia que tinha conhecido o amor quando se tornou vovó, sempre falava de como vivia a vida pelas meninas e por mim... Minha mãe... quanta saudade desse amor...

Todo dia das mães você comprava um presente pra mim... dizia que as meninas ficavam felizes de ter presente pra me dar... mas acho mesmo que quem ficava feliz era você de me ver feliz... Só você mesmo mãe... comprar presente pra filha no dia das mães... rsrsrs... 

Esse ano não tenho você pra me alegrar no dia das mães, acho que ninguém vai se dar o trabalho de comprar algo para as meninas me entregarem... acho mesmo que ninguém teria amor o suficiente para pensar assim... Mas não lamento pelo presente, não lamento mesmo por esses pequenos mimos... o que me dói e não poder te dizer tudo isso, não poder te dar um abraço, não poder te agradecer por tudo, por toda essa história que construímos juntas... 

Lamento profundamente que você não esteja aqui agora mãe... lamento que minhas filhas estejam crescendo sem o seu amor, lamento que meu filho jamais possa conhecer o amor da vovó Marisa... Lamento tanto por esse telefone que quase não toca mais, por essa lista de contatos aqui do lado que já não tem ninguém disponível para meus pequenos momentos de alegria ou para as novidades bobas sobre as crianças...  Lamento pelo vazio no portão de casa, pelo silêncio, pelas palavras não ditas, pelos abraços não trocados... Lamento tanto pelo futuro que você jamais viverá ao meu lado, por cada foto que eu tiro e não tenho ninguém para enviar, por cada coisinha boba que o Fabinho faz e que eu não tenho ninguém para contar... Lamento pelas musiquinhas de dia das mães que as meninas vão cantar e que você não vai ouvir, lamento pelos cartões que você não vai ler... Lamento tanto mãe... sinto tanto... 

Espero que de onde esteja exista uma maneira de receber minhas cartas, espero que algum anjo bom possa sempre te levar o meu amor e minha gratidão... E é com essa esperança que hoje te envio meu abraço mãe, te envio todo meu amor, minha gratidão, meu desejo de que você esteja bem e feliz... 

Te amo muito... muito mais do que eu consegui te mostrar e muito mais do que todos possam ver... 
Feliz dia das mães.












quarta-feira, 30 de abril de 2014

O amor que permanece!


Eu tenho uma lembrança que sempre me tira sorrisos de alegria e lágrimas de saudade... Minha mãe está na cozinha de chão vermelho brilhante fazendo algo para comer, no rádio toca alguma música daquelas que meu vô lá no interior adora ouvir... eu passo por ela olhando para seu rosto e ela me dá um sorriso daqueles que damos para os filhos quando estamos ocupados demais para abraçar... E então vejo meu pai, sentado no degrau do meio da escadinha da lavanderia, o muro é maior que eu e não podia ver o quintal dos fundos que dava para a casa dos vizinhos, ele está com o violão preto no colo sem tocar com um pacotinho de cordas do lado... e quando ele me vê dá aquele sorriso que só quem conheceu meu pai sabe como é... Eu não lembro quando foi nem que dia era, não sei quantos anos tinha mas a imagem é muito nítida como se estivesse acabado de ver um filme. Lembro do chinelo nos seus pés, das curvas do seu cabelo, das marcas que se faziam nos olhos quando ele apertava a vista para falar... E então o tempo passa e eu já sou uma mulher, meu pai está sentado no quintal de sua casa lá em Santa Cruz e em sua cabeça já vejo as marcas e cicatrizes da cirurgia... ele está com um pé na bacia de água quente e o outro no meu colo e em seu rosto o mesmo sorriso e em seus olhos as mesmas marcas... Foi a última vez que visitei meu pai, ele me pediu para cortar suas unhas dos pés... estávamos sentados no sol em frente a roseira e ele ria e resmungava porque eu não conseguia cortar bem curtinha como ele queria. Do lado minhas filhas brincavam e na minha barriga o Fabinho já crescia... e seria tudo perfeito se não houvesse sobre nós a nuvem do fim que todos nós sabíamos que se aproximava... Lembro que olhei para ele e me veio na lembrança o dia do sorriso na lavanderia e eu levantei e pedi pra ele esperar que ia pegar um creme... lembro se secar as lágrimas e voltar sorrindo para terminar suas unhas e lembro do aperto no peito que senti ao perceber que minha mãe já não estava entre nós e que em breve meu pai também não estaria... A última vez que vi meu pai vivo ele estava acenando para nosso carro com aquele sorriso que era só dele e com as unhas dos pés bem cortadinhas, ele já não escondia a cicatriz com chapéu e parecia saber que toda a luta não daria o resultado que eu esperava... Nos nove meses que ele ficou doente eu praticamente morava com ele e foram muitas nossas conversas e muitos nossos silêncios... eu confidenciei muitas coisas pra ele e ele me falou de muitas coisas que sei que ele só falou porque sabia que em breve iria partir... algumas coisas ele falava de olhos baixos pra que eu não visse a tristeza e outras ele falou de olhos brilhantes e serenos fazendo questão de me mostrar que tinha valido a pena viver... Ele me falou das pescarias, das pequenas conquistas que ele se orgulhava, das dores que carregava, da saudade que guardava, ele me falou da minha mãe e do último dia em que eles conversaram na UTI do hospital que ela estava internada e finalmente entendi porque ela chorou naquele dia... minha mãe nunca chorava mas naquele dia ela chorou... E meu pai perguntou o que era MIMIMI e foi chorando muito que falei pra ele que MIMIMI era chorar... e ele também chorou porque disse que as últimas palavras da minha mãe pra ele foi MIMIMI... Depois dessa última visita eu não mais pude ver meu pai, um mês se passou e eu iria viajar pra ficar com ele no dia 5 mas dia 30 ele faleceu e eu corri muito para chegar a tempo mas não consegui me despedir dele. Hoje se passaram 7 meses mas ainda sinto tanta saudade daqueles dias... Meu pai me deixou muita coisa boa, muitos sentimentos bons... o bercinho e o quartinho do Fabinho eu só pude comprar porque ele me ajudou mesmo sem saber... Mas o que ele me deixou de mais importante foram suas palavras, gravadas em um bilhete escondido, perdidas até poucos dias entre as lembranças que guardava pra mim... Meu pai me deixou a certeza da confiança que tinha em mim, me deixou as confidências de uma resignação profunda, me deixou o exemplo de um ser humano único, me deixou a lição de que nem tudo precisa ser dito, a lição de que julgamentos nem sempre precisam ser feitos, de que a única maneira de ser feliz é saber olhar para o bom e fechar os olhos para o que não é tão bom assim... Meu pai me disse em suas poucas palavras o quanto me amou, o quanto amou minha mãe, o quanto amou nossa história... E me ensinou que a distância não é nada, que o que é verdadeiro permanece. Hoje, aqui na minha casa, com minhas filhas e meu filhinho no colo, eu olho ao redor e me sinto grata pelas lições que ele me deixou... A saudade é grande, a vontade de ver e de conversar são enormes, o som do violão, as curvas do cabelo, as marcas nos olhos, as palavras e até mesmo o silêncio... tudo é saudade... Mas eu carrego comigo o que de mais valioso ele tinha na vida, como ele mesmo me escreveu... o que ele tinha de mais valioso era somente de duas pessoas nesse mundo e que com sua partida seria só meu... que era nossa história, as lembranças da nossa família, o amor que nos uniu durante toda sua vida, ainda que por muito tempo distantes mas sempre vivo no seu coração... o que ele me deixou foi amor... o amor mais profundo e verdadeiro que conheci, o amor que sobrevive, que ultrapassa, que não morre, que permanece mesmo na ausência, que pulsa mesmo na distância. O amor que ainda hoje me sustenta nos dias tristes e que me impulsiona a ser uma pessoa melhor a cada dia. Algumas pessoas falam com surpresa da maneira como meu pai e minha mãe partiram, de maneiras tão parecidas e praticamente juntos... mas eu não me surpreendo... eles aprenderam o amor de maneiras diferentes, viveram o amor de maneira diferentes, me amaram de maneira diferentes mas foi de maneira igual que me ensinaram o amor... Dizem que planejamos nossa vida antes mesmo de nascer e eu fico aqui imaginando quanto amor faz uma pessoa planejar viver uma vida de amor por um filho... Meu pai, assim como minha mãe, viveram suas vidas inteiras por uma única pessoa, movidos por um único sentimento... eles viveram por mim, para me amar, para me amparar e para me ajudar a entender esse amor tão pleno e resignado... Poucos podem entender, poucos vão conseguir compreender, poucos conseguiram ver isso... mas ainda assim é o que de mais valioso eu tenho em minha vida e é isso que quero que meus filhos percebam no futuro quando buscarem em minhas palavras as imagens do vovô e da vovó... Amor...

terça-feira, 29 de abril de 2014

Alegria!

Minha vida se ilumina nesses olhares!







 

Ele me ilumina !

Você foi um presente em minha vida... chegou em um momento especialmente difícil, em um momento de tristeza e como se fosse um anjo veio iluminando tudo, trazendo alegria, transformando meu mundo, enchendo meu coração de esperança e o mais importante... renovando minha fé. Ainda dentro da minha barriga você conseguiu arrancar a tristeza do meu coração e preencher todos os espaços com esperança, felicidade e amor. Você me mostrou que a vida é sábia, que tudo acontece como tem que acontecer, que nada é por acaso e que existe tanto amor nos planos de Deus que jamais poderemos entender. Conforme você ia crescendo dentro de mim crescia também a certeza do amor de Deus por mim, afinal ele havia me dado um presente especial, o maior de todos os presentes que uma mulher pode receber... você foi minha força em muitos momentos. E quando você chegou, quando segurei você em meus braços, foi como se a vida se renovasse e tudo voltasse a fazer sentido... as lágrimas vieram com tanta gratidão e com tanto amor que levaram para longe toda a tristeza, transformando tudo em mim, arrancando as lembranças ruins e iluminando meu mundo como um sol de verão. Como me disseram pouco antes de você nascer, você é iluminado e não é por acaso que veio pra mim, criança de luz, feito de amor e que veio por vontade própria para os meus braços por amor, simplesmente por amor... Meu filho, meu anjo de amor, meu príncipe, meu pequeno pedacinho de céu... Obrigada por ter me escolhido, obrigada por vir até mim, obrigada por permitir que eu fosse sua mãe... Obrigada por tudo que você trouxe junto com você... criança de luz infinita, de amor puro no olhar, que me transmite tanta paz no toque e na presença... Parabéns pelo seu primeiro mês de vida meu querido! Hoje é sim dia de festa em meu coração... como cada novo dia que nasce com você ao meu lado... cada novo dia seu merece ser comemorado e lembrado com gratidão e amor infinitos! Te amooooooo!

Presente de Deus

O amor que uma criança transmite é algo que nem todos sabem receber. É o sopro de Deus em nossos ouvidos.. é luz que transforma. Esse é meu anjinho e o amor que ele transmite é o sorriso de Deus para aqueles que sabem sentir o seu amor. Obrigada Deus por mais esse presente em minha vida!






Cotidiano...

A vida é muito curta, o tempo passa rapidamente e nem percebemos... ficamos presos as obrigações do dia a dia e esquecemos de viver. Um bom emprego, um carro novo, uma pintura na casa, almoço e janta na hora certa, roupa passada pra todas as ocasiões... Temos hora para acordar, hora para comer, dia certo para descansar... Não podemos ver aquele filme no meio da semana, deitar com as crianças no sofá até enjoar, comer batatinha frita no café da tarde. E um dia a vida para e tudo perde a importância... e o que não tem mais importância pesa nas lembranças daquilo que deixamos de fazer. Tudo é incerto e inconstante nessa vida, um dia estamos aqui e no outro podemos ser apenas saudade e memórias... Perceber essa verdade, viver essa verdade e não mudar é impossível... Quando entendemos a fragilidade de tudo ao nosso redor passamos a valorizar mais as pessoas e esquecer as coisas... Não largo o abraço de minhas filhas porque a cama está desarrumada, não me importo se algumas contas venceram, não tem problema se o fim de semana vai ser sem grana... me dou o prazer de sentar ao sol com minhas filhas e olhar elas se sujarem de terra, me permito ficar na cama com meu filhinho olhando ele dormir até as dez da manhã... desligo a internet, nem atendo o telefone, afinal nada é mais importante que isso... hoje eu sei e gostaria de ter percebido antes... E a louça pode estar na pia, e a roupa na máquina, e o trabalho esperando e o dinheiro acabando... que eu não perco meu sorriso... sento com eles no meio da sala e passo o dia brincando de adivinhas com a Duda enquanto a Carol desenha nosso retrato e o Fabinho resmunga no meu colo... Estamos nessa vida para aprender a amar, o amor em sua perfeição é nosso único objetivo... e quando chegar a hora de partir ninguém vai lembrar da gente pelo diploma importante que conseguimos, pelo brilho dos móveis da casa, pela perfeição da arrumação do seu armário... ninguém vai se lembrar das marcas de sua roupa, de quanto você pesava, ninguém vai se lembrar dos dias que você passou naquele trabalho que odiava, ninguém vai se lembrar do seu endereço ou das estrelas no seu talão de cheques... duvido que lembrem das coisas que você guardou, de todas as coisas que você cuidou a vida inteira... mas sei que lembrarão de nós pelo amor que compartilhamos aos nossos... E se um dia eu faltar sei que minhas filhas vão lembrar dessas tardes que passamos juntas, dos filmes que assistimos juntas, das músicas que elas aprenderam enquanto me ouviam cantar... Quero que elas se lembrem das manhãs de domingo em que fazíamos o controle da TV de microfone, dos buracos no jardim que eu deixava elas fazerem, das maquiagens que eles estragaram porque eu não tinha coragem de tirar... Quero que elas achem a minha bagunça e descubram no meio dela um monte de bilhetinhos colados com lantejoulas, quero que peguem minha bolsa e achem no bolso um pedacinho de papel que elas me deram... A vida é muito curta para ser tão organizada... o tempo é curto e para alguns mais curto ainda... Não vamos mais perder tempo julgando, imaginando, esperando... Deixa a louça de lado hoje, esquece a roupa, que se dane o fogão... esconda as contas vencidas em baixo da toalha da mesa e liga uma música, abra as janelas, coloque um chinelo, bagunce o cabelo, role no chão... aproveite as pessoas ao seu redor, aproveite cada segundo ao lado delas... as coisas podem esperar mas as pessoas não... E amanhã pode ser tarde demais para aquele abraço, para montar aquele quebra cabeças, para colorir aquele desenho... para aquele "eu te amo" ... Eu li que ninguém vai embora antes de ensinar o que era preciso ser ensinado... e acho sinceramente que a ida de meus pais tão cedo para o céu me deixou essa grande lição: A vida é curta, aproveite cada segundo, ame o máximo que puder e o resto é apenas o resto, não dê tanta importância a nada que não tenha a capacidade de receber o seu amor!

Saudade sim, tristeza quase nunca...

A morte precoce de minha mãe e a doença do meu pai me aproximaram ainda mais da minha amiga e irmã Luciana... ninguém se fez mais presente do que ela naqueles dias tão difíceis e mesmo estando em uma cidade distante me sentia amparada pois ela cuidava de minhas filhas e aparecia na pracinha em frente ao hospital durante as intermináveis esperas para ver meu pai na UTI... Foi na casa da Lu que eu me recarreguei depois de ver meu paizinho tão debilitado naquele hospital, foram nas palavras sempre alegres dela que eu esquecia um pouco a tristeza que estava vivendo. Acho mesmo que Deus arrumou um emprego pra Lu em Ourinhos para que eu não passasse por tudo aquilo sozinha... estranho destinho que nos separou e depois nos uniu por um momento tão breve e especial de nossas vidas. Ela me disse que queria voltar pra São Paulo e eu queria ir para Ourinhos cuidar do meu pai mas não conseguimos realizar nossos planos... meu pai se foi e minha querida amiga voltou para o plano espiritual...lembro de minha amiga levando rosas brancas para minha mãe no adeus e no quanto chorei quando vi as mesmas rosas no momento de sua própria despedida... E eu fiquei por aqui com todas essas ausências e todas essas lembranças tão dolorosas... quanta saudade de tudo, quanta saudade de todos vocês que partiram tão cedo... cedo demais... Me despedir da minha mãe, do meu pai e da Lu em um espaço de tempo tão curto foi encarar uma dor tão profunda que achei que não conseguiria superar... Durante algum tempo eu não conseguia fechar os olhos sem ter na lembrança a imagem deles, sem ver lágrima, dor, sofrimento... foram dias dolorosos, solitários e de uma escuridão profunda em que quase me perdi... Hoje já consigo ver meus queridos sem dor, as lembranças são agora de dias felizes, de sorrisos e palavras de amor intenso, puro e verdadeiro... mas a saudade quando vem judia muito ainda e são nesses dias que meu coração fica apertado no peito e que a solidão parece me abraçar. Que saudade da minha mãe, meu Deus que saudade dela em minha vida... que saudade do meu paizinho tão querido... que saudade da minha amiga e irmã Luzão... Meu mundo ficou mais triste sem vocês e mesmo nas maiores alegrias ainda encontro um pontinho de dor no vazio que vocês deixaram... Viver essa dor me feriu profundamente, transformou de maneira absurda a maioria das minhas certezas, modificou para sempre quase todas as minhas convicções... Fico aqui imaginando vocês em um lugar tão mais bonito, com pessoas tão mais bonitas e vivendo verdades tão maiores do que meu pensamento pode imaginar... imagino luz, paz, imagino amor e é nessa certeza que busco forças para continuar encontrando sentido nisso tudo que foi tão sem sentido... Fé foi o que ficou, saudade, lembranças e a certeza de que não vale a pena viver se não pudermos tocar os corações dos que amamos... De todas as lições que vocês me deixaram a maior delas é de amor... e sou grata por ter tido o privilégio de conhecer o amor na imagem de pessoas tão especiais como vocês... Recebam meu amor, que hoje é mais profundo e grato do que antes e meu pedido de desculpas por não ter dito antes, por não ter percebido antes... o quanto vocês foram importantes em minha vida. Todo meu amor, hoje e sempre... Hoje o dia foi de saudade, hoje o dia foi de lembranças...

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Procurando antigos amigos

Adriana, Andreia, Marcelo, Cleide... Uma grande amiga me escreveu por aqui mas não deixou link para que eu pudesse localiza-la. Peço que se entrar novamente me deixe um link, um telefone, e-mail, face... para que eu possa encontrar vc! Que saudade, quanto tempo e que vontade tenho de reencontrar vocês. Adriana Bezerra da Silva, Marcelo, Andreia, Cleide, Edna... se entrarem aqui novamente me adicionem no face https://www.facebook.com/paulacbarbosafernandes  ou me mandem um e-mail no paulacbfernandes@gmail.com. Infelizmente nem todas as notícias são boas... como vocês viram minha mãe partiu para o plano espiritual faz mais de um ano... mas carrego a certeza de que ela está bem e muito bem acompanhada lá no céu! Entrem em contato, vamos nos encontrar e matar a grande saudade da época tão boa em que estávamos todos juntos! Mil beijos e aguardo contato de vcs!